terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mãe gentil ou Madrasta elitizada?



Sete de setembro de 1822. O principezinho metido a D. Juan lidera um movimento de elite e oficializa um processo que já havia começando com seu pai, o folclórico D. João VI. As margens do Ipiranga, D. Pedro, então, declara o Brasil independente. Independência das elites e para as elites. Afinal onde estava o populacho à hora do grito do Ipiranga? Assim se vão cento e noventa anos de “independência”. Onde uma elite seja de quartel ou de papel comanda a História da “mãe gentil”.
Elite que adora o  status quo, palanques, altares, luzes, ação e palmas
Estes tempos são os preferidos dos ufanistas e elitistas. Afinal é preciso honrar a independência da “mãe gentil”, porém que pátria é esta onde o trabalhador que move a economia tem que dar do fruto de seu trabalho quatro meses para pagar impostos? Impostos para quê e por quê? Já que alguma parte do montante que entra vai pelo ralo da corrupção elitizada, tucanada, petralhada, “multipartidarizada”!
Assim a Democracia, do dever de todos e privilégios de poucos, continua com a saúde precária, a educação deficitária, as estradas mortuárias, a terra latifundiária, etc.
Como na revolução dos bichos de Orwell fala-se em igualdade, fraternidade e liberdade, ideais herdados da revolução francesa, porém se os olhos voltarem-se para cima quando o desfile passar ver-se-á em vários palanques herdeiros da mesma oligarquia que proclamou a independência. Oligarcas, sim! Aristocratas nunca. Uma elite que toma conta do poder e faz dele um desserviço à Nação. Privilegiados de ocasião que confundem dinheiro com nobreza, e se esquecem que governar é servir e não vice-versa, sem confundir o público aos interesses privados. Porém tais oligarcas estão no poder à custa da popularidade caritativa, quase um simulacro, que lhes escondem a verdadeira identidade. Ainda mais em tempos eleitorais, onde para aquele que almeja o ardo caminho do poder vale a máxima do bom é velho “Old Nick”, autor de conselhos administrativos: Todos vêem o que pareces, poucos percebem o que és!
O pior que em sua volta há hostes de bajuladores que sabem o que querem e o porque estão ali!
Afinal, os bichos são iguais, porém uns mais iguais aos outros.
Igualdade para uns, liberdade para poucos, fraternidade por interesses.
Esta mistura faz da pátria amada, madrasta elitizada. Madrasta que inverte o papel materno e toma o “leite e mel” de seus filhos ao seu bel prazer, como nunca antes na história desta república de bananas e das bananas! Onde o populacho, mas uma vez celebra o grito do Ipiranga, porém permanece à margem da História!