sábado, 31 de julho de 2010

Década de 90

Meados da década de 90. Sem palavras:

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Uma das grandes canções de todos os tempos:

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Como se faz uma resenha:
www.vestibular1.com.br/revisao/fazendo_resenha.doc

terça-feira, 13 de julho de 2010

Brás Cubas e a ração para os cães.



"Não perguntem por quem os sinos dobram.

Eles dobram por ti".

John Donne


Machado de Assis dispensa apresentações, no livro Memórias póstumas de Brás Cubas encontramos a seguinte frase: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.” Cruel a frase. Porém com os últimos acontecimentos que permeiam a mídia é uma frase que faz pensar. Uma pessoa, em tese, literalmente jogada aos cães. Uma pessoa que aparece na mídia porque se envolveu com um "cara" famoso. Imagine-se quantas mortes mais cruéis acontecem todos os dias e não despertam o mesmo interesse porque não "vendem" notícia. Baseando-se em Machado de Assis, todo humano padece e perece por conta de suas misérias. Porém é assustador ver que o ser humano entrou no estágio "involutivo". Mata-se, porque não se tolera o outro, abandona-se por que "não dou conta do outro". Em suma, como diria Sartre, "o outro é meu inferno". Esquece-se da auto-crítica. Em contra ponto, Emmanuel Lévinas (1906-1995) escreve em suas obras sobre o "olhar" do outro., da alteridade e apresenta a Filosofia como ética primeira. Importar-se e cuidar do outro é no mínimo, para Lévinas, "imperativo categórico". O outro é aquele que me desperta para a vida, me tira do comodismo, desperta para Graça e me traz a salvação. Porém, o outro, agora é tornando um nada, alguém, que no mínimo dever ser eliminado. Olhando atentamente para o caso do "corpo jogado aos cães" e para quem o jogou ou mandou jogar perceber-se de relance que tudo começou com um abandono e com a desculpa: "Não dou conta dele". "Não posso cuidar do outro". "Não tenho condições". e esta desculpa virou uma bola de neve, que transformou, pelo menos, duas vidas. Cuidar não é dar tudo o que se quer, mas é dar tudo aquilo que se pode: valores, e o principal deles, zelar pela vida. A miséria humana cresce a partir do egoísmo, da incapacidade de amar e culmina com um grito desesperado de atenção, que pode resultar em "comida para cães". Hoje preocupa com o fato de se produzir lixo e como cuidar deste lixo, o que é importantíssimo para o futuro da humanidade. Dever-se-ia no mínimo preocupar-se, também, com a vida que se reproduz. Pois transformar a vida humana em ração para cães é perceber que, de fato, Brás Cubas teve a atitude certa!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A eliminação do Brasil, Aristóteles e a felicidade.


Hoje, mais uma vez, os "guerreiros" do Brasil foram eliminados de uma Copa do Mundo. Tristeza para uns, alegria para outros e indiferença para muitos. O jogo de hoje remete a questão do conceito de "felicidade". Esta busca constante do coração humano. Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), filósofo, nascido em Estagira na Macedônia, preceptor de Alexandre, o grande e díscipulo de Platão, foi um dos grandes sistematizadores da Filosofia. Entre as suas obras clássicas, e se clássica, atual, está o livro intitulado Ética a Nicômaco. Nele Aristóteles afirma que a finalidade da vida é a felicidade, ou seja, vivemos para sermos felizes. Mas afinal o que é ser feliz? A felicidade é um caminho que se constrói. Para o Estagirita, a grosso modo, só encontra a felicidade aquele que consegue habituar-se a praticar virtudes e nelas encontrar um "meio termo", ou "justo meio", ou seja, aquele que encontra um equílibrio em suas ações será feliz O fato do Brasil ser eliminado não mudará muito o rumo de nossas vidas, porém podemos tirar uma lição de mais esta derrota, não basta ser "guerreiro" é preciso ser "equilibrado" para ser feliz. Há exatamente quatro anos o Brasil foi eliminado da mesma competição e na mesma fase e a culpa caiu sobre o excesso de permissividade que deram aos jogadores. Hoje o passado se fez presente mesmo com todo excesso de blindagem a que foram submetidos os "guerreiros" (inter) nacionais, ou seja, não se encontrou um "meio termo" para formar, pelo menos de fato, se não de direito um time para ser campeão. Um time feliz, que jogasse um futebol arte e tivesse postura equilibrada. Daí mais um ponto para o bom e velho Aristóteles: na vida é preciso encontrar um "justo meio", para perceber que alegria e tristeza nã refletem a real felicidade. Um mero gol, pode desequilibrar toda uma equipe, que pode até ser guerreira, mas não será virtuosa se não tiver equilibrio. A vida se faz assim segundo Aristóteles: só os equilibrados encontram a felicidade, que não pode ser confundida somente com vitórias, mas com virtudes de quem sabe assumir as derrotas e fazer delas também um caminho para a felicidade.