sexta-feira, 2 de julho de 2010

A eliminação do Brasil, Aristóteles e a felicidade.


Hoje, mais uma vez, os "guerreiros" do Brasil foram eliminados de uma Copa do Mundo. Tristeza para uns, alegria para outros e indiferença para muitos. O jogo de hoje remete a questão do conceito de "felicidade". Esta busca constante do coração humano. Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), filósofo, nascido em Estagira na Macedônia, preceptor de Alexandre, o grande e díscipulo de Platão, foi um dos grandes sistematizadores da Filosofia. Entre as suas obras clássicas, e se clássica, atual, está o livro intitulado Ética a Nicômaco. Nele Aristóteles afirma que a finalidade da vida é a felicidade, ou seja, vivemos para sermos felizes. Mas afinal o que é ser feliz? A felicidade é um caminho que se constrói. Para o Estagirita, a grosso modo, só encontra a felicidade aquele que consegue habituar-se a praticar virtudes e nelas encontrar um "meio termo", ou "justo meio", ou seja, aquele que encontra um equílibrio em suas ações será feliz O fato do Brasil ser eliminado não mudará muito o rumo de nossas vidas, porém podemos tirar uma lição de mais esta derrota, não basta ser "guerreiro" é preciso ser "equilibrado" para ser feliz. Há exatamente quatro anos o Brasil foi eliminado da mesma competição e na mesma fase e a culpa caiu sobre o excesso de permissividade que deram aos jogadores. Hoje o passado se fez presente mesmo com todo excesso de blindagem a que foram submetidos os "guerreiros" (inter) nacionais, ou seja, não se encontrou um "meio termo" para formar, pelo menos de fato, se não de direito um time para ser campeão. Um time feliz, que jogasse um futebol arte e tivesse postura equilibrada. Daí mais um ponto para o bom e velho Aristóteles: na vida é preciso encontrar um "justo meio", para perceber que alegria e tristeza nã refletem a real felicidade. Um mero gol, pode desequilibrar toda uma equipe, que pode até ser guerreira, mas não será virtuosa se não tiver equilibrio. A vida se faz assim segundo Aristóteles: só os equilibrados encontram a felicidade, que não pode ser confundida somente com vitórias, mas com virtudes de quem sabe assumir as derrotas e fazer delas também um caminho para a felicidade.


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